O processo de potabilização de água é fundamental para torná-la própria para o consumo seguro para os humanos.
Não é à toa que existem protocolos para definir as normas em torno desse procedimento, a fim de garantir a fiscalização da qualidade da distribuição dos recursos hídricos para a população.
Além disso, a água potável (própria para consumo, sem ser do mar) é um recurso limitado. Assim, é fundamental otimizar as medidas de potabilização — a fim de aproveitar ao máximo esse recurso.
Neste artigo, saiba quais são as etapas fundamentais para tornar a água potável e os cuidados envolvidos para um consumo seguro!
O que é a potabilização de água?
A água consumida pela população é retirada de rios, lagos e águas subterrâneas. Essas reservas podem contar com diversos poluentes associados, devido à exposição ao ambiente, desde sólidos e metais até microrganismos.
Desse modo, para garantir o consumo seguro, é preciso tratar esse líquido e remover todos os agentes nocivos à saúde humana. O processo de potabilização de água tem justamente esse objetivo.
O consumo de água contaminada pode provocar:
- Verminoses;
- Intoxicações;
- Comprometimento de órgãos; e
- Diversas outras patologias ou complicações de saúde.
Por esse motivo, devem ser evitadas ao máximo. Com o conhecimento sobre os fenômenos naturais e a tecnologia disponível atualmente, é possível fazer o tratamento adequado do líquido até torná-lo potável.
Para que serve o processo?
O processo de potabilização da água, basicamente, serve para remover:
- Metais pesados;
- Bactérias;
- Protozoários;
- Larvas e vermes;
- Sólidos; e
- Demais componentes que oferecem riscos para a saúde dos consumidores.
Com essa limpeza, é possível promover uma ingestão segura. Vale destacar que a água potável não é utilizada apenas para a hidratação no dia a dia.
O setor de produção de alimentos, a indústria agropecuária e diversos outros nichos do mercado utilizam esse recurso para assegurar a saúde daqueles em contato com o líquido.
Quais são as etapas da potabilização de água?
Por ser necessária a remoção de diferentes tipos de contaminantes em potencial, as etapas de potabilização da água são muitas. Afinal, cada procedimento é voltado para um determinado objetivo no tratamento hídrico.
Para entender melhor como funciona toda essa atividade, conheça cada uma das etapas da potabilização de água!
Pré-tratamento
O primeiro passo é o pré-tratamento: a retirada de sólidos em suspensão com dimensões relativamente grandes. Ou seja, aqueles visíveis a olho nu e facilmente removidos com equipamentos simples, como peneiras e redes.
Substâncias de pequeno tamanho, como na escala milimétrica, micrométrica e nanométrica, não são removidas nessa etapa.
No processo de pré-tratamento também pode ocorrer uma primeira desinfecção. Nesse caso, são utilizadas substâncias oxidantes e carvão ativado em pó. Dessa forma, é possível reduzir a concentração de contaminantes logo no início.
Coagulação-floculação
A segunda fase consiste em realizar o agrupamento das impurezas da água, processo conhecido como coagulação.
Existe também a produção de flocos de sujeiras, conhecida como floculação. Ambos processos reúnem as substâncias com potencial contaminante, para facilitar a sua remoção.
Alguns dos reagentes com função de coagulante da água são o cloreto férrico e o sulfato de alumínio. No entanto, por serem substâncias ácidas, pode ser adicionado um alcalinizante para corrigir o pH, tornando-o neutro.
Decantação
Com as impurezas agrupadas em flocos ou coágulos, a retirada do meio se torna mais prática.
Para a limpeza, é realizado o processo de decantação. Ele consiste em separar duas fases de uma substância por meio da diferença de densidade, utilizando a ação natural da gravidade.
Como flocos e coágulos costumam ser menos densos, é possível fazer uma remoção semelhante ao pré-tratamento. No entanto, as ferramentas utilizadas nessa fase são ainda mais precisas.
Filtração
Após a decantação, a água passa por um filtro com meio poroso e granular. Assim, realiza-se a filtração pela pressão, por um filtrante de gravidade ou um sistema de ultrafiltração — encarregado da remoção das impurezas de baixa densidade.
Osmose inversa e remineralização
A presença de metais e minerais pesados na água não é removida com os procedimentos anteriores. Para isso, é necessário ter uma fase específica para eliminar os resíduos que afetam negativamente a saúde humana.
A osmose reversa é um processo que permite a separação de sais e metais da água. No entanto, em meio a essa atividade, pode ocorrer também a remoção de sais minerais importantes para o equilíbrio do pH da água.
Por esse motivo, logo em seguida, pode ocorrer a remineralização, para repor substâncias como carbonato de cálcio, bicarbonato de sódio e cloreto de cálcio.
Desinfecção da água
Todas as etapas realizadas até o momento serviram para remover objetos sólidos, metais e minerais indesejáveis na água. No entanto, como visto, esses não são os únicos contaminantes encontrados no líquido.
Por essa razão, é necessária também a fase da desinfecção da água. Esse é o processo que vai remover microrganismos e impedir a ação de agentes patogênicos, responsáveis por transmitir doenças a partir do consumo de água contaminada.
O tratamento e a desinfecção combinam diferentes substâncias desinfetantes e agentes físicos para a potabilização da água. Recursos como cloro, ozônio, radiação ultravioleta e íons de prata podem fazer parte das últimas etapas do processo de tratamento.
Analíticos
Por fim, é necessário realizar os testes para verificar a qualidade da água e a capacidade de consumo seguro pelos humanos. São as análises das amostras que determinam se o processo foi realizado de forma adequada.
Como visto, a potabilização de água ocorre para atender aos critérios sanitários do país e promover um consumo seguro e livre de contaminantes. A qualidade e a atenção a cada etapa desse grande processo fazem toda a diferença para a preservação da saúde e do bem-estar de todos os consumidores.
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